Iniciavas uma jornada; um encontro sem hora marcada.Não sabias como era a face do perdão; e se o reconheceria na multidão. Nem mesmo se estavas pronto para aceitar esse encontro.Mas terias escolha: podias adiar ou , simplesmente, vislumbrar a possibilidade de perdoar.
Assim o encontro se concretizaria. Não serias obrigado a te entregar nos braços do perdão. Poderias apenas avistá-lo e, se não estivesses em paz com tua decisão, recuar. Não precisarias nem olhar nos olhos do perdão.
Perdoar exige tempo. Tempo para chorar e se entristecer. Tempo para te permitir dar as mãos ao sofrimento com toda emoção. Tempo para ressignificar a dor que acabaste de vivenciar ou ressignificar a dor que se exilou no passado. Tempo para transformação do teu coração que se iluminaria com as cores do arco-íris. Uma luz de amor e paz acolheria o teu ser, ávido pelo prazer de se livrar do fardo que é não perdoar.
Autora: Élide Cristina S. Oliveira
Texto registrado na seção de direitos autorais da Biblioteca Nacional. Todos os direitos autorais reservados à autora.
Foto: sofotografos – By @oprisco
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