Corrida

Corria, desesperadamente, do meu medo

Estava exaurida, mas nada me fazia parar

Corria, corria!

Queria me distanciar

Não era possível

Ele não desistia!

Virei-me, repentinamente, tentando encará-lo

Implorei por uma trégua

Caí de joelhos aos pés do medo

Sem forças para lutar

Depois de enxugar o meu pranto

Ressurgi do meu estado deplorável de agonia

Percebi que fugir do medo tirava minhas forças, minha energia

Nada a perder

Podia encará-lo!

Olhar fundo nos olhos do medo e desmascará-lo

Descobrir o âmago do medo

Ressignificá-lo!

Simplesmente sorrir para o medo!

 

Autora: Élide Cristina Santana e Oliveira

Instagram: @oressignificar

Imagem: @jeruso_ortiz

Texto registrado na seção de direitos autorais da Biblioteca Nacional. Todos os direitos autorais reservados à autora.

Élide Cristina Oliveira

3 Comments

Antonio Galvão

O medo encarado de forma tão inteligente! Ótima poesia!

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Roseli Almeida de Oliveira

Encarar os medos é um processo muito difícil e doloroso porém muito necessário na busca de dias melhores! Fugir só atrapalha e prolonga os dias de tempestade!
Lindo texto Elide! Nos fas refletir MUITO!
Parabéns!

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