Perdeste tempo tentando mostrar aos outros o que eras capaz de fazer. Claro! Querias ser aceito. És humano, não tens porque te debater. Mas percebeste que passou do ponto, não dava mais! Tinhas que viver! Reconhecer os teus próprios limites e a ali ficar, pelo menos por um tempo, precisavas descansar.
Um tempo que seria só teu, de mais ninguém. Ali farias tuas próprias escolhas. Dirias não quando quisesses. Poderias até fazer um refrão onde o não aparecesse, recorrentemente, como uma canção. Sentirias um prazer em repetir essa palavra monossilábica, mas difícil de proferir. Não, não quero mais! Não, não posso mais! Não, sinto muito, mas não posso ajudar!
Estarias de férias do sim que seria dito, restritivamente, quando teu coração sorrisse ao ouvir o eco dessa palavra. Seriam as tuas escolhas e não a escolha de outro alguém. Tudo bem, flexibilizar, de vez em quando, para agradar. Às vezes, pode até fazer bem, mas sempre vira fardo pesado pra carregar.
Autora: Élide Cristina S. Oliveira
Texto registrado na seção de direitos autorais da Biblioteca Nacional. Todos os direitos autorais reservados à autora.
Foto: sofotografos – By @mikekus
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